FELIZ NATAL
Para um cético, tal como eu, o Natal nem sempre foi coisa dos homens. Foi de Papai Noel, em noites e dias já muito antigos; foi, desde muito cedo, das lendas cristãs; foi, a pouco e pouco, se fazendo festa de oferta e procura. E, definitivamente, se revela como coisa dos homens.
Por quem os sinos dobram, se a cuíca ronca de fome? Que braços nos deixaram sem abraços? Que rezas são fortes o quanto nos baste para que ninguém falte na fotografia? Que voz já não se ouve como sempre se escutou? Que crianças chegam às vitrines dos doces, sem o prazer de lambuzar-se como se lambuzam as outras? Que pedintes continuam de mãos estendidas à cata de um gesto solidário? Quando e onde vale mais a esperança do que o desejo da posse? O que nos pesa mais, a pergunta ou a resposta? Há por que e o que perguntar? Há por que e o que responder?
No Natal – aquele dos cristãos da hora primeira – só me ocorre que bem lá, no Ano 33 desta nossa Era, Jesus Cristo poderia, simplesmente, ter cruzado os braços.
Hoje, quanto mais os braços se abrem, mais parecem retransmitir em abraços, o amor e felicidade.
Feliz Natal.
Sérgio Siqueira
Para um cético, tal como eu, o Natal nem sempre foi coisa dos homens. Foi de Papai Noel, em noites e dias já muito antigos; foi, desde muito cedo, das lendas cristãs; foi, a pouco e pouco, se fazendo festa de oferta e procura. E, definitivamente, se revela como coisa dos homens.
Por quem os sinos dobram, se a cuíca ronca de fome? Que braços nos deixaram sem abraços? Que rezas são fortes o quanto nos baste para que ninguém falte na fotografia? Que voz já não se ouve como sempre se escutou? Que crianças chegam às vitrines dos doces, sem o prazer de lambuzar-se como se lambuzam as outras? Que pedintes continuam de mãos estendidas à cata de um gesto solidário? Quando e onde vale mais a esperança do que o desejo da posse? O que nos pesa mais, a pergunta ou a resposta? Há por que e o que perguntar? Há por que e o que responder?
No Natal – aquele dos cristãos da hora primeira – só me ocorre que bem lá, no Ano 33 desta nossa Era, Jesus Cristo poderia, simplesmente, ter cruzado os braços.
Hoje, quanto mais os braços se abrem, mais parecem retransmitir em abraços, o amor e felicidade.
Feliz Natal.
Sérgio Siqueira
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