HISTÓRIA OFICIAL
O povo ainda não se deu conta, mas há muito tempo que no Brasil só se conta a história oficial. A vox populi já não existe. A vox Dei reverbera os neobispos, seus divinos ministros. A vontade popular é seviciada pelo apetite indecoroso dos políticos, pela voracidade das autoridades, pelo cio incontrolável dos governos, pela força incontida dos impostores que tomaram de assalto os poderes constituídos.
A história oficial é o pior lado da sui generis democracia brasileira. Ela constrói, com sólidos alicerces de dissimulação, os muros de silêncio que inexoravelmente acobertam a verdade que se transforma em escombros, jamais restaurados.
Se, um dia desses, derrubarem as torres gêmeas do Congresso Nacional, os porta-vozes oficiais tocarão trombetas, proclamando que se tratou de uma bem-sucedida implosão; uma demolição imprescindível que fará surgir das cinzas um hodierno metrô para servir os descamisados e pés-descalços do Planalto Central do Brasil.
E, no lançamento da pedra fundamental, se lhes dará o nome de Terminal MetroFênix – com toda a pompa e circunstância que a História do Brasil vem fazendo por merecer.
O povo ainda não se deu conta, mas há muito tempo que no Brasil só se conta a história oficial. A vox populi já não existe. A vox Dei reverbera os neobispos, seus divinos ministros. A vontade popular é seviciada pelo apetite indecoroso dos políticos, pela voracidade das autoridades, pelo cio incontrolável dos governos, pela força incontida dos impostores que tomaram de assalto os poderes constituídos.
A história oficial é o pior lado da sui generis democracia brasileira. Ela constrói, com sólidos alicerces de dissimulação, os muros de silêncio que inexoravelmente acobertam a verdade que se transforma em escombros, jamais restaurados.
Se, um dia desses, derrubarem as torres gêmeas do Congresso Nacional, os porta-vozes oficiais tocarão trombetas, proclamando que se tratou de uma bem-sucedida implosão; uma demolição imprescindível que fará surgir das cinzas um hodierno metrô para servir os descamisados e pés-descalços do Planalto Central do Brasil.
E, no lançamento da pedra fundamental, se lhes dará o nome de Terminal MetroFênix – com toda a pompa e circunstância que a História do Brasil vem fazendo por merecer.
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