Essa versão palaciana, história oficial e aliada, de que a vaia para Lula saiu de 90 mil bocas burguesas de fundilhos instalados no Maracanã é prosopopéia flácida para ninar bovinos renanianos. Na verdade, lá não estavam os pobres que ganham 50 mangos de Lula por mês; lá não estavam também os da elite que ganham muito mais que isso de Lula por segundo. Os que lá estavam, eram os espremidos da classe média que ganham uma banana de Lula há mais de cinco anos. Estavam lá os que vão a tudo que podem, quando podem pagar à prestação a tudo que vão. São os mesmos que já estão cansados de aturar figuras políticas faturando popularidade em cima de momentos populares. O normal seria a vaia. O anormal seria, como foi, a reação de Lula que só gosta de claque e de aplauso; o anormal seria fugir da realidade, furar o protocolo e deixar que a a grosseria de sua fuga empatasse com o apupo – palma de quem não gosta – levando à vitória a prepotência oficial. Então, sejamos lúcidos: o pobre não estava lá, porque não haveria distribuição de bolsa nenhuma; a elite não foi porque estava viajando pelo exterior, ou comprando bois, fazendas e fazendeiros da hora; os que lá estavam, só estavam lá porque já tinham reservado o aplauso para quem merece aplauso.
RECORDE MUNDIAL - O Rio é puro pan. Realizou a melhor cerimônia de abertura de todos os tempos. Nuncanessemundo o presidente de um país-sede recebeu uma série de vaia tão estreptosa e espontânea. O Brasil começou bem: estabeleceu, logo na abertura, o primeiro recorde mundial dos Jogos Pan-americanos de 2007.
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