Depois de se submeter ao aumento do gás boliviano, Lula foi pródigo também ao arranjar uma desculpa para a submissão brasileira ao índio pedinchão: “Quando se realiza um contrato, em termos de Mercosul, sempre temos que levar em conta as necessidades das economias menores”. Peralá! A economia da Bolívia só é menor porque ela não tem mais que 10 milhões de bocas pra comer; não é um país como o Brasil que tem quase 190 milhões de habitantes. Divida o que a Bolívia tem em caixa pelo número de quíchuas e aimarás que vivem lá; depois divida o que nós temos em caixa pelos 190 milhões de brasileiros. Aí você vai ver porque o forte do governo Lula é o Fome Zero. Se o Mercosul exige “levar-se em conta as necessidades dos menores”, não serve para o Brasil que é o maior de todos. Nunca teremos um acordo favorável. Só temos a perder com a América Latina. Essa prosopopéia flácida não cola para justificar o aumento do gás boliviano. A foto (Wikipédia) é de La Paz, capital da Bolívia - país cristão, descamisado e de pés-descalços.