A presidência do Senado está para Renan, assim como a cabeleira estava para Sansão. Mônica foi a Dalila que, além dos cabelos, puxou-lhe a cadeira.

AMIGOS OCULTOS
Renan está certo. Tem que manter a pose. Tem que negar tudo até o fim. Menos a venda de gado, é claro. A cadeira de presidente do Senado está para a sua sobrevivência, como a cabeleira estava para Sansão. Se o tirarem do assento, perde o poder de barganha e até a capacidade de pagar as contas. Renan, para pagar a pensão da jornalista que o cobria, usava os dinheiros da venda que diz ter feito do gado que diz que era seu. A luxuria o encheu de dívidas até os fios do cabelo. Débitos em dinheiro vivo, em espécie duvidosa, de caráter idem, com notas discordantes. Como, desde que o pegaram com a boca na botija, não se ouviu mais falar de que tenha vendido uma única e gloriosa rês, não se sabe de que canos americanos ele vai tirar grana para o velho e tradicional toma chocolate y paga lo que deve. Dito isso, há que se reconhecer: Renan tem que negar até o fim. Do contrário, seus cobradores lhe arrancam até o último fio de bigode dos seus negócios ocultos.

SAI PRA LÁ!
Assim como não se tem notícia de que Renan tenha vendido uma única e bendita cabecinha de gado qualquer, desde que a cobertura com a jornalista Mônica virou matéria, também não se ouviu mais dizer que se tenha encontrado de novo com o lobista da Mendes Júnior e seu grande e fiel amigo de todas as horas. Um dos dois deve estar com lepra.

SEM CARNE
Uma coisa já está bem clara: se não terminar em pizza, o caso Renan também não vai acabar em churrasco. O gado sumiu.

O SUBSTITUTO
Carlos Alberto Direito deve entrar logo no lugar que agora – pelos modelos oficiais republicanos - lhe Pertence no STF. Tem apoio de Jobim e da Igreja Católica. É tido como conservador e por isso está banhado e batizado com o ranço da esquerda festiva que anda de cara amarrada com ele.