PERDEU
Lula perdeu a chance de ser o primeiro presidente do Brasil que poderia contabilizar, como realização de um dos seus mandatos, a consagração de um legítimo e puro santo brasileiro. Não foi à missa do papa que canonizou Frei Galvão. Isso é tipo assim como o noivo não ir à lua de mel.

MÚLTIPLA ESCOLHA
Lula não foi à missa de canonização do Frei Galvão: a) porque o papa não beijou a sua mão; b) é católico, mas não é praticante; c) é mais devoto do Padre Cícero.

SEM DESVIOS
No encontro com os bispos, na Catedral da Sé, o papa condenou e pediu aos missionários que evitem “os desvios sexuais” na Igreja. Vê-se logo que ele quer um bom desempenho do direito, do certo, do justo, do reto.

SEM AS PÍLULAS
Frei Galvão nasceu em 1739 e morreu em 1822. Seu estoque de pílulas milagrosas, naquele dia, acabara de ser todo distribuído aos fiéis enfermos.

O PAPA NÃO POUPA
O rabino Sobel, afastado da presidência da Congregação Israelita Paulista porque – fora de si – entrou fundo no balcão de gravatas de uma Loja em Palm Beach, disse que foi abençoado pelo papa no Mosteiro São Bento. Lamentou, porém, não ter tido chance de mostrar a Benedetto XVI todo o seu arrependimento pelo episódio fashion. Logo ele que jurou que aproveitaria a visita do Sumo Pontífice para “pedir perdão a Deus”. Benedetto lhe estendeu a mão, mas não lhe deu atenção. O papa é pop, mas não poupa. Sobel não informou se Deus vai aguardar uma nova visita de Benedetto ao Brasil para escutar seu pedido oficial de absolvição.

PERDÃO PROTOCOLAR
O papa não entra em fria. Começa que não dá entrevista. Nem nos camarins, nem nos vestiários. Só declaração. E depois, nunca perdoaria em nome de Deus uma surrupiagem de gravatas. Imagine só: se o papa Benedetto XVI e Deus carimbassem oficialmente o perdão a Henry Sobel, quem poderia condená-lo?!? Nem a Congregação Israelita Paulista.