A Estrela
Laoviah Raziel
Vi uma estrela entrar no meu quintal.
Brilhante, sozinha, furtiva, calada...
(Em claro abandono sentia-se mal).
Pudera, escolheu a casa errada!
Não era só uma estrela cadente.
Era bonita, vistosa, quase azul...
Curioso, olhei pro céu, de repente,
E faltava uma no Cruzeiro do Sul.
O Cruzeiro já não era mais uma cruz!
Volto, então, ao quintal na mesma hora.
(Porque aquela noite já não me seduz),
Mas a estrela tinha ido embora.
Sem o sinal da cruz e sem estrela,
Na solitária noite do meu quintal,
Volto à vida para apenas vivê-la,
Sem sonho e sem rumo, até o final.
O Fim do Outono
Laoviah Raziel
Então, a suave brisa virou vento.
O que era sempre, não se fez eterno;
O outono acomodou-se, sonolento,
Na folha solta que fugia do inverno.
E, assim, o outono passageiro
Da triste folha que estava mais à mão
Fez-se, pronto, fugitivo companheiro
Até chegar-se à última estação.
Voando soltos, ao prazer da aragem,
Seus destinos estavam entrelaçados.
Era apenas uma breve viagem:
Felizes morreram ambos abraçados.
O outono e ela, desnuda folha,
Para amor tão ligeiro quanto terno,
Não tiveram outra sorte, nem escolha:
- Melhor morrer assim do que ser inverno.
Laoviah Raziel
Vi uma estrela entrar no meu quintal.
Brilhante, sozinha, furtiva, calada...
(Em claro abandono sentia-se mal).
Pudera, escolheu a casa errada!
Não era só uma estrela cadente.
Era bonita, vistosa, quase azul...
Curioso, olhei pro céu, de repente,
E faltava uma no Cruzeiro do Sul.
O Cruzeiro já não era mais uma cruz!
Volto, então, ao quintal na mesma hora.
(Porque aquela noite já não me seduz),
Mas a estrela tinha ido embora.
Sem o sinal da cruz e sem estrela,
Na solitária noite do meu quintal,
Volto à vida para apenas vivê-la,
Sem sonho e sem rumo, até o final.
O Fim do Outono
Laoviah Raziel
Então, a suave brisa virou vento.
O que era sempre, não se fez eterno;
O outono acomodou-se, sonolento,
Na folha solta que fugia do inverno.
E, assim, o outono passageiro
Da triste folha que estava mais à mão
Fez-se, pronto, fugitivo companheiro
Até chegar-se à última estação.
Voando soltos, ao prazer da aragem,
Seus destinos estavam entrelaçados.
Era apenas uma breve viagem:
Felizes morreram ambos abraçados.
O outono e ela, desnuda folha,
Para amor tão ligeiro quanto terno,
Não tiveram outra sorte, nem escolha:
- Melhor morrer assim do que ser inverno.
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