O VETOR
Uma dezena de macacos mortos no Lago Norte, em Brasília; cerca de vinte pessoas contaminadas, pelo menos cinco mortas; mais de 50 cidades goianas em estado de alerta contra o mosquito aedes aegypti; dois milhões e meio de pessoas nas filas e falta vacina nos postos de saúde... E o português Zé Gomes Temporão, ministro da Saúde de Lula garante que “não há o menor risco de uma epidemia de febre amarela”. Não há dúvida nenhuma: o maior vetor da doença no Brasil é o descaso do governo pela saúde.

TOP-TOP
De tanto agüentar top-top dos políticos o eleitor já se conformou: “Sou brasileiro, não resisto nunca”!

TUCANAGEM
Bicada do tucano Arthur Virgílio avisando a Lula que ele não vai ter vida boa no Senado neste semestre pré-eleitoral: “O presidente pode até errar, mas não pode mentir”.

O PROBLEMA
Zé Dirceu continua sendo muito maior problema para o governo do PT do que qualquer oposição. Democratas e tucanos juntos não teriam imaginado uma entrevista mais demolidora do que aquela que o grande oligarca do Campo Majoritário deu à revista Piauí.

PIDADA DE CASERNA
Há rumores na caserna de que os militares aceitariam uma certa prorrogação na data de aumento dos seus soldos, desde que a Defesa ficasse sem o Jobim das Selvas. Qualquer internauta sabe disso.

PEGANDO NA MENTIRA
Mal o lusitano Zé Temporão disse que não havia risco de epidemia de febre amarela, o povo correu para as filas de vacinação nos postos de saúde. É uma fila única. Nunca se teve nada parecido: tem pessoas de todas as classes. Tem de pobre a remediado; de piolho-de-rico a alguns mais ricos. É uma pena que o brasileiro não reaja sempre assim nas urnas quando pega na mentira aqueles que lhe garantem que não vai haver apagão energético, caos aéreo, que o gás não vai aumentar, que não haverá pacote de impostos, que a saúde está quase perfeita.

IMUNES

Não se vê políticos, nem ministros, nas filas de vacinação contra a febre amarela. Eles pensam que são imunes também à picadura dos mosquitos.