- LIBERDADE, LIBERDADE! - A internet é a porta de entrada da redenção do jornalismo, uma atividade que – ao correr dos tempos, se tornou presa fácil de ricos, poderosos, políticos, donos de cursos de comunicação e dos eternos patrões das sociedades. O jornalismo web não precisa andar de joelhos, dispensa patrocínio e não usa mordaça. Depende apenas do seu próprio conteúdo para ser um fator de transformações sociais. É a mais legítima expressão da liberdade de pensamento.
- CASA DA SOGRA - A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente e a proposital displicência com que o governo trata a Amazônia leva o The New York Times a perguntar, perigosamente, uma vez mais: “De quem é a Amazônia, afinal?”. A indagação – nascida da redução da credibilidade ambiental brasileira - sugere que, para os líderes globais, "a Amazônia não é patrimônio de nenhum país".
- PATRIMÔNIOS GLOBAIS - Essa “preocupação” do atrevido porta-voz dos marines americanos é, na verdade, uma ameaça desaforada. Se a parte amazônica situada dentro do território do Brasil não é patrimônio nosso, os poços de petróleo do Texas também não pertencem aos Estados Unidos. Isso já estaria dando bode há muito tempo se o Brasil tivesse mais hombridade do que medo; se o Brasil tivesse mais respeito por si mesmo; se o Brasil tivesse mais vontade de ser um país soberano do que um reles membro do Conselho de Segurança da ONU.
- SEM NADA - Os gananciosos olheiros mundiais batem na tecla de que a discussão - que zelosamente abrem sobre a Amazônia – “é a luta da soberania de um só país contra o patrimônio da humanidade”. Nada disso seria notícia nem movimento, se o Brasil tratasse da Amazônia com a devida atenção e a necessária seriedade que merece. Logo vamos perder a Amazônia para o resto do mundo. E, então, o presidente do Brasil vai presidir um país sem fôlego, sem pulmões. Sem alma. Sem vergonha. Sem Amazônia.
- SELVA - O governo Lula está eternamente agradecido a Carlos Minc. Ao aceitar o lugar de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, ele ocupou todos os espaços da mídia. Fez esquecer o escândalo do dossiê da Casa de Dilma. Só isso já valeu a pena. Quanto à Amazônia... Bem, ela passa a ser um assunto cheio de manchetes, cheio de visibilidade, com o escândalo ainda à sombra da grande selva de concreto que é o Brasil.
VORAZ - À margem da Amazônia, já no asfalto de Brasília, ressurge a idéia de recriar a CPMF sob alegação de cuidar melhor da saúde. É a mais clara demonstração de que o governo não acredita na sua própria promessa de reforma tributária. Uma vez mais se vê com nitidez um governo sem programa, mas com enorme voracidade para seus planos de poder.
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