Lula deu carta branca para Nelson Jobim ser ministro da Defesa. Fica claro, então, que Waldir Pires estava só passando o tempo por ali. Não mandava nada, assim na terra, como no céu. Vem daí o medo de Lula viajar de avião. Mesmo que seja num Aerolula-51 e não num Aerotam ou num Aerogol.
DESCONSIDERAÇÃO
Carta em branco é desacato, ou falta de consideração. Fica parecendo até que o remetente não sabe, ou não gosta de escrever.
AERONAVE PARAGUAIA
Quando um avião já não serve mais para voar nos Estados Unidos, ele é vendido para a Europa; quando já não presta mais para os europeus, vem para o Brasil fazer o eixo Rio-São Paulo; quando não já não vale mais para isso, viaja para o Norte e Nordeste. Finalmente, quando já não tem mais seventia para nada, vai parar no Paraguai. Lá, é guaribado, reformado, repintado e vendido como novo. Pra nós.
NEM PELA TV
Quando, no período de preparação para o Pan-2007, seu filho deixou a espada e preferiu florete, o pai não notou nada. Ficou sabendo de tudo foi quando ele abandonou a esgrima e foi para a natação. Só queria nados especiais: de costas, borboleta ou salto ornamental. O velho não agüentou, não quis saber do Pan nem pela TV.
AS CARTAS
Depois da carta em branco que Lula passou para Jobim, Oscar Niemeyer escreveu uma indicando Fidel Castro para o Prêmio Nobel da Paz. Lula não escreveu, mas entregou a carta; Niemeyer escreveu, mas não achou um só comunista no mundo como destinatário. O jeito é Niemeyer fazer como Lula que toma café com ele mesmo: manda a carta para o seu próprio endereço.
O CAFÉ PRESIDENCIAL
O Palácio convida todos os brasileiros para o “Café com o Presidente” às segundas-feiras. Mas, na hora, se alguém toma café é só o Lula.
CREDIBILIDADE PONTUAL
Vendendo a imagem de que é eminentemente jornalística, a rádio Jovem Pan apresenta, com pompa e circunstância, todas as tardes, de segundas a sextas-feiras, um programa que se chama “A Hora da Verdade”. O resto da programação deve ser mentira.
FALHA HUMANA
A conclusão para tragédia da TAM me veio pela Internet: "Falha humana. Mais de 60 milhões de eleitores erraram em 2002".
NA CONTRAMÃO
Nelson Jobim, ministro da Defesa de Lula, usando a carta branca que recebeu do presidente, descarta a construção de mais um aeroporto para São Paulo. Diz agora que a Congonhas pode ter uma “área de escape”. O que o passageiro mais deseja e quer é que os aviões não escapem em manobras de decolagem e aterrissagem.
AÍ TEM...
Nelson Piquet está fazendo cursinho de re-aprendizagem de direção defensiva numa sala do Detran, em Brasília. Só assim vai recuperar a carteira de motorista que perdeu para mais de vinte infrações de trânsito. No fim do curso vai se submeter a uma prova escrita em que deverá ter, pelo menos, 70% de acertos. Do contrário, vai ter que se contentar em andar de carona toda vez que for aos estúdios de gravação dos comerciais do próprio Detran – organismo do qual é o principal garoto-propaganda. Por enquanto, a história está rendendo mais espaço na mídia do que os radares arrecadam para os cofres do Distrito Federal.
REPASSE
Congonhas já entupiu Guarulhos. Acaba de repassar para Cumbica 151 novas filas de espera da TAM. Olhai como está o balcão de espera daquele que, segundo Mala Suplicy – poderá ser um dos maiores aeromotéis da América Latina. Perfeito para um bom "relaxe e goze".
CARTA BRANCA
Jobim, com a carta branca de Lula, não deixa por menos e já avisou para o pessoal da Infraero e da Anac: “Escreveu, não leu, o pau comeu”! Peraí, só um pouquinho: é carta branca, Lula não escreveu nada, os caras vão ler o quê?!?
SEM ESCAPATÓRIA
Dilma Roussef, ministra do Ataque de Lula, na última reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil, rasgou elogios para a pista do aeroporto Santos Dumont: “Lá no Rio não tem problema. Lá tem o mar como área de escape”. Para ela deve ser bem melhor voar, voar e morrer na praia, do que nadar, nadar e ir pelos ares em Congonhas.
PERDENDO A VEZ
“Café com o Presidente” é aquele programa de rádio em que Lula toma café com ele mesmo e ainda diz pra gente o que bem quer e o que quase bem entende. Nesta semana, ele elogiou o investimento de R$ 4 bilhões nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro. Com esse dinheiro o Brasil comprava todos os atletas cubanos, juntava com os nossos e deixava os Estados Unidos em segundo lugar. Dava também, fora do esporte, pra distribuir 80 milhões de bolsas-família.